o Espetáculo do Amor não Correspondido.

Há magia naquele momento em que você percebe que ama e que também é amado.

Reciprocidade recíproca!

Nada foi combinado, muito menos forçado; não é retribuição por um primeiro presente dado, é o amor na sua essência mais pura, (até sinto o estômago embrulhado). É como aquele primeiro “eu te amo” dito como se tivesse escapado.

Tão lindo como o encontro de dois rios que se juntam, mas não são misturados, pois, cada um, ama do jeito que sabe amar, aquele abraço único onde juntos formam algo espetacular. Uma junção de cores, amores e sabores. Ah! Me falta o ar só de imaginar.

Agora tenho algo triste a lhe contar. Nem todo amor é correspondido, sei que é duro, mas vou ter que lhe falar. Quem ama sozinho sabe como é despencar em um abismo tão profundo, sem nem ao menos saber voar.

O amor que não encontra seu lugar, é como o som a ecoar em uma caverna sombria; abaixe-se tem morcegos saindo de lá.

Um amor não correspondido é como ser engoli por um buraco negro cheio de indiferença e rancor, porém, mesmo assim, ainda há beleza no amor.

Um rio que fluir despenhadeiro a baixo forma lindas cascatas para quem está de fora poder administrar. Quem não gosta de cachoeiras? Deve ser alguém que não sabe amar.

Ai, ai a beleza do amor, mesmo em queda livre ao ponto de se esborrachar gera um belo espetáculo para quem está a observar.

Eis a beleza que há em um amor não corresponde, mesmo que para isso você tenha que se derramar em um abismo sem fim por alguém que não sabe amar.

Ah! Mas tenho algo para lhe confortar(sussurros): há sempre alguém feliz em ver as águas do amor rolar.

Deixa o amor fluir e não se importa se o outro receberá, pois, amar é sempre um espetáculo, mesmo que só o telespectador vá apreciar.

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