Julgar, acho melhor não!

    Não devemos julgar aquilo que não entendemos, no entanto o homem parece ter sempre um julgamento preestabelecido dentro de si. Alguns até conseguem ter domínio sobre esse seu lado julgador, outros se deixam levar, desfaçando seu julgamento com a clássica frase "Não estou julgando, é só minha opinião" , não me entendam mal, pois sei que opinião quando bem utilizada pode ajudar a formar o caráter, desde que seja dada quando alguém está mesmo disposto a ouvi-la, ou quando essa opinião diz respeito a nós mesmos, agora, de nada adianta dar nossa opinião a quem não a pediu ou muito menos a quem não é, verdadeiramente, endereçada, sendo esse último mais parecido com fofoca do que com uma opinião sincera.

    Mediante a nossa limitação emocional, física e intelectual é impossível ao homem julgar justamente ao próximo, no entanto, quando esquecemos disso e resolvemos julgar assim mesmo, devemos levar em conta alguns pontos cruciais para um julgamento justo, regido por um ser humano injusto. O primeiro ponto é a necessidade de conhecer todos os lados da causa a ser julgada, depois devemos entender a motivação de tal ação, mesmo que parece algo que fuja totalmente da sua capacidade de entendimento, ou seja, mesmo que a motivação não justifique a ação, devemos tentar entende-la. Após o reconhecimento do terreno devemos testar a veracidades de cada palavra dita, ai, por fim devemos conhecer o que se esconde no coração, e sinceramente, esse último ao homem é impossível, e talvez alguns dos outros também.  

    O coração do outro é uma área inacessível ao ser humano, porém eu conheço Alguém que tira de letra todos esses passos, é de quebra é um Juiz para lá de Justo, esse é o nosso Jesus Cristo, Ele sim pode julgar toda e qualquer causa justamente e ainda usar de misericórdia enquanto o faz.