História de gratidão!


     O Senhor Jesus me resgatou de um lamaçal de pecados e ao ser tirada de lá, em contraste com a paisagem, me dei conta de que minhas vestes estavam sujas.

     Cristo me limpou, depois de uma minuciosa limpeza se pode ver melhor as feridas, agora intendo o porquê de tanta dor, quando estava sendo limpa. Há grandes cortes, fratura exposta e hematomas, mas o sangue do Cordeiro de Deus estancou toda e qualquer hemorragia, não sangram mais.

     Chegou a hora, é hora de tratar as feridas. Umas, basta desinfetar e está pronto, mas há outras que requerem tempo e dedicação da parte do Senhor.

     Ah, o Senhor! Ele sabe exatamente como lhe dar comigo, mas não posso dizer o mesmo de alguns enfermeiros por aqui. Estou assustada e arrisca, sei que requer muita paciência para cuidar de pessoas como eu, tem vezes que nem eu mesmo me suporto.

     Como posso exigir cuidados VIPs, se esses mesmos enfermeiros também são pacientes. Há feridas em mim que eles já carregam, como cicatrizes em si, há anos ou décadas; não dói, não sangra, mas ainda estão lá, vividas em suas memórias, assim como as minhas, na minha. Acho que lhes devo ao menos a cortesia de não revidar, pois, mesmo feridos estão aqui a me ajudar.

     Penso: “Ouvirão gritos, ouvirão urros de dor”, é isso que imagino ao analisar essa fratura exposta. Tem que realinhar o osso e só depois se pode fechar a ferida. Dá nervoso só de pensar!

     Olho para todos os lados e vejo o grande amor de Deus em Cristo, para com todos, volto a encarar minha fratura e ela já se curou. É, esse amor cura, falo por experiência própria, analisando a cicatriz. Um eco de dor vem a minha mente. Mas, a ferida já se curou, como ainda sinto essa dor?

     Olho para o paciente ao meu lado e vejo sua ferida, parece um pouco com a minha, me compadeço, pois, sei como dói, ao lembra dos ecos em minha mente. Aconselho-o: olhe para Cristo, pois o fardo mais pesado Ele levará por você o que fica conosco, é o dEle, que é leve. Tenho o meu só na lembrança, mas não carrego mais esse fardo.

     Olho para a graça que hoje me cobre; olho para o fardo de Cristo que agora carrego, leve, me sinto livre. Vejo o certificado de adoção de filho Deus e em esperança espero a conclusão desse tão detalhado plano de salvação, não espero só eu, pois vejo muitos irmãos, olhando para os céus e uns para outros assim como eu o faço, vigilantes e felizes.

     Desde já agradecido ao Pai pelo Filho e por esse tão imenso perdão que Ele nos concedeu. Obrigada SENHOR! Obrigada meu/nosso Deus!

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